Se você nunca ouviu falar na criação neurocompatível, é provável que você jamais seja o mesmo depois de conhecer e aplicar esse sistema na sua vida, sabe por quê?
Porque além da alegria familiar, o nascimento de uma criança também é o início de uma série de preocupações: quem nunca teve aquela sensação de estar fazendo tudo errado ou, ainda, de que “poderia fazer melhor”?
É nesse sentido que a criação neurocompatível propõe uma maneira saudável de educar os nossos filhos, sempre considerando o seu ritmo de desenvolvimento cerebral e corporal.
O que é a criação neurocompatível? Quais os seus benefícios?
A teoria da criação neurocompatível surge, neste cenário, como um apoio para os pais, que percebem ser possível criar os filhos num ambiente marcado pelo amor, diálogo e respeito!
E mais: respeitar as capacidades de cada criança também nos livra do excesso de autocobrança que, muitas vezes, surge quando comparamos o nosso filho com outras crianças, ou o nosso modelo de criação com o de outros pais.
Mas em que consiste a criação neurocompativel, de fato?
Criado pela psicóloga Márcia Tosin em 2015, trata-se do princípio de que cada criança é única e deve ter sua individualidade respeitada, na medida em que recebe uma educação compatível com seu estágio de amadurecimento.
Ao assumir que não podemos cobrar dos nossos filhos uma postura além do seu nível de desenvolvimento, o que não faltam são benefícios proporcionados pela educação neurocompatível:
- Incentiva a resiliência: obstáculos são naturais tanto na infância quanto na vida adulta, mas as crianças que recebem uma criação neurocompatível tendem se tornar adultos mais resolutivos, persistentes e otimistas frente a esses desafios.
- Promove a autoestima: o elogio saudável é uma característica central da criação neurocompatível, e a criança que é elogiada pelos seus acertos não só desenvolve a autoconfiança, mas também recebe um estímulo para uma postura mais cooperativa.
- Ameniza a sensação de culpa: alguns comportamentos indesejados são de se esperar em determinadas fases da vida, como fazer birra e negar o alimento.
Se os pais compreendem isso, se livram da comparação com outras crianças e (principalmente!) da sensação de não estar educando da maneira correta.
Como aderir à criação neurocompatível?
E quando a dúvida é como aplicar a criação neurocompatível no relacionamento entre pais e filhos, as dicas a seguir serão decisivas para você nesse processo:
- Aplicar a criação neurocompatível é entender que as coisas acontecem no tempo certo
Por mais que os marcos do desenvolvimento sejam importantes mecanismos de orientação, todos nós já sofremos com imposições que são culturais e não biológicas, e é nesse sentido que a criação neurocompatível nos ajuda a respeitar o tempo de cada criança.
O fato de o coleguinha ter aprendido a falar antes do seu filho, por exemplo, nem sempre é indicativo de um atraso na fala: desde o desfralde e o desmame até a leitura e escrita, é preciso respeitar o processo do seu filho e jamais transformar o estímulo em imposição.
- Criação neurocompatível também é não ser refém da opinião alheia
Com muito carinho e respeito, conecte-se com seu filho e ouça o seu próprio coração ao tomar decisões: a proposta da criação neurocompatível é confiar na vocação que lhe foi dada sem se deixar levar pelo excesso de pressão social.
Em outras palavras, evite seguir cegamente a opinião alheia e acima de tudo: tome cuidado para não acabar reproduzindo atitudes indesejadas que você já vivenciou com os seus pais, combinado?
- Dar o exemplo também é fundamental na criação neurocompatível
A criança reproduz e internaliza o que vivencia, então certifique-se de ser a referência que ele precisa para a construção de uma vida saudável.
Isso inclui fazer atividade física regularmente, manter a leitura em dia e evitar qualquer tipo de comportamento agressivo, pois lembre-se: as crianças são reflexo dos pais e do meio de criação.
- Cuidado com as punições
A criação neurocompatível tem como base o respeito e o espírito de cooperação, onde todos são estimulados a manter a boa convivência e seguir a rotina familiar sem o abuso de hierarquia: no lugar da punição excessiva, a construção do caráter e o elogio saudável assumem o protagonismo.
E aí? Gostou de entender o que é a criação neurocompatível?
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