Uma criança com terror noturno ou pesadelo pode chorar, se debater e, é claro, trazer aquela dorzinha de cabeça para os pais.
Mas de onde vem esse problema, de fato? O que fazer para lidar com tal situação? Quando os pais devem procurar ajuda profissional?
As respostas você encontra neste manual para ajudar a criança com terror noturno: se você deseja aprender um pouco mais sobre o assunto, seja bem-vindo!
Criança com terror noturno ou pesadelo? Aprenda a diferenciar!
Por mais que essas situações pareçam sinônimas, uma criança com terror noturno é bem diferente de uma criança com pesadelo.
Isso porque o pesadelo é um evento comum não só na infância, mas também na idade adulta:
Trata-se de um sonho negativo, vívido e intenso o suficiente para nos fazer acordar ofegantes e com o coração disparado (quem nunca, não é mesmo?!).
Já a agitação de uma criança com terror noturno tende a durar 10 a 20 minutos, sendo que ela dificilmente consegue acordar ou sequer lembrar de algo no dia seguinte.
E por mais que os sintomas geralmente sejam se debater na cama, chorar e gritar, outros sinais também podem ser notados:
- Suor frio, respiração rápida e coração muito acelerado
- Xixi na cama
- Olhos arregalados, por mais que a criança ainda esteja “dormindo”
- Sentar-se na cama
- Conversar “sozinha”
Apesar de a causa não ser 100% definida, trata-se de um distúrbio do sono muito comum dos 3 a 7 anos de idade, que normalmente desaparece na adolescência e não traz danos aos pequenos.
Diferente do pesadelo, os episódios de terror noturno não ocorrem na fase REM do sono, motivo pelo qual é difícil acordar o seu filho nessa situação.
Resumindo: se o seu filho começou a se agitar no meio da noite e você não consegue acordá-lo, o melhor é não insistir e esperar o evento passar.
O que fazer perante uma criança com terror noturno ou pesadelo?
Não acordar a criança com terror noturno é o principal: além de ela não acordar, o ato de sacudir e chamar o seu filho pode deixá-lo ainda mais inquieto e apavorado.
Enquanto esperam o episódio passar, os pais devem se certificar de que o ambiente é seguro, já que a agitação pode fazer com que o pequeno se machuque ou caia da cama.
Por outro lado, acalme e console o seu filho se ele acordar de um pesadelo: por não distinguir perfeitamente a fantasia da realidade, é comum que ele fique apavorado demais para voltar a dormir.
Aqui a dica é abraçar a criança, deixar que narre o que aconteceu e explicar que pesadelos não são reais.
Além disso, você também pode colocar ao seu lado um bichinho de pelúcia, aromatizar o quarto com óleos essenciais ou contar uma história até que o pequeno volte a dormir.
Outra recomendação é não levar a criança para o quarto dos pais: a longo prazo, ela pode ter cada vez mais dificuldade em ficar sozinha, de modo que desfazer esse hábito será uma tarefa e tanto!
Quando a criança com terror noturno deve me preocupar? E o pesadelo?
Uma criança com terror noturno costuma apresentar o episódio em torno de 1 a 2 vezes na semana, durante 15 a 20 minutos no máximo.
Caso os sintomas sejam muito frequentes ou duradouros, vale a pena recorrer ao pediatra: em raros casos, os episódios podem ser atribuídos à convulsão ou à narcolepsia.
Já o terror noturno e até mesmo os pesadelos podem ser amenizados seguindo a recomendação das autoridades em cronobiologia:
- Seguir uma rotina de sono bem estruturada para cada faixa etária
- Impedir o excesso de ruídos, barulhos e luzes enquanto o seu filho estiver dormindo
- Manter o quarto limpo e confortável
- Elaborar uma dieta saudável, estabelecendo horários para as refeições e evitando alimentos ricos em cafeína
- Não expor os pequenos a filmes, desenhos ou jogos impróprios para a idade
- Identificar se a criança está sofrendo de ansiedade infantil ou depressão (na dúvida, não hesite em procurar um profissional)
Pronto! Agora que você já sabe quais os sintomas e como ajudar a criança com terror noturno ou pesadelo, conta para a gente: quais das dicas acima você colocará em prática?
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