É unânime: todos já ouvimos falar na importância de dizer não aos filhos, mas você já se perguntou por que às vezes essa pode ser uma tarefa tão difícil?
Para muitos de nós, nenhuma sensação é tão recompensadora quanto ver um sorriso estampado no rosto do pequeno, e é em busca dessa “recompensa” que muitos acabam atendendo à maioria das suas vontades.
No entanto, a consequente inexperiência em lidar com as frustrações do dia a dia pode trazer grandes desafios inclusive à vida adulta, tornando inegável a importância de dizer não aos filhos sempre que for preciso.
Entendi qual a importância de dizer não aos filhos, mas existe um limite para isso?
A importância de dizer não aos filhos torna-se clara quando lembramos que a negativa, feita nos momentos corretos, é uma maneira de estabelecer limites e educar para a resiliência perante os desafios do cotidiano.
Por outro lado, cabe aos pais discernir quando as negativas são de fato necessárias, já que o excesso de “nãos” pode não só reprimir a autonomia e a criatividade infantil, mas também aumentar os próprios sintomas de irritabilidade.
Dito isso, os momentos de dizer “não” geralmente são aqueles que exigem dos pais a intenção de conter ou prevenir algum tipo de perigo, mau comportamento ou desobediência infantil.
E apesar de serem exemplos mais genéricos que não necessariamente abrangem a complexidade dos casos reais, as situações a seguir ajudam a ilustrar essa ideia:
1) A criança deseja usar um macacão para ir ao parque, mas a escolha da mãe é que ela vá de short e camiseta
2) A criança insiste em substituir o seu jantar por um pacote de biscoitos recheados
No exemplo 2, podemos concordar que a substituição claramente não é uma escolha recomendável, na medida em que vai na contramão de uma boa saúde.
Já no primeiro exemplo, deixar que a criança exerça a própria autonomia a partir da escolha da vestimenta pode, na verdade, ser uma opção muito interessante para o seu amadurecimento: percebe a diferença entre ambas as situações?
Qual a importância de justificar o seu “não”?
Tão importante quanto dizer “não” é saber explicar o motivo: voltando para a situação 2, explicar por que não substituir o jantar por um pacote de biscoitos é o primeiro passo depois de proferir a negativa.
Afinal, isso permite à criança entender que aquela privação tem um motivo e não constitui apenas uma negativa vazia: com os limites bem claros, a criança acaba percebendo como agir e quais as consequências do mau comportamento.
Saber dizer “não” é também honrar a própria palavra
Agora que você já sabe a importância de dizer não, lembre-se que voltar atrás é uma maneira inconsciente de ensinar que a birra, o choro e a chantagem emocional têm o poder de transformar um “não” em um “sim”.
Essa lógica, uma vez perpetuada na vida adulta, faz com que a expressão de contrariedade continue se manifestando na forma de ansiedade, insegurança e até mesmo comportamentos agressivos.
Dizer “não” e dar o exemplo: um combo inseparável!
As regras que valem para os filhos devem valer para toda a família: não é por acaso que o “faça o que eu digo, não faça o que eu faço”, só tende a gerar mais conflitos, prejudicando o relacionamento entre pais e filhos.
Lembre-se que nós somos os melhores exemplos para nossos pequenos, pois eles inconscientemente reproduzem nossas ações: assim, jamais subestime o poder de cumprir com o que ensina!
Saiba a importância de elogiar
Além de estabelecer limites, é importante que os pais valorizem e reforcem os bons comportamentos: assim a criança se sente recompensada e sabe que está agindo da maneira correta.
Nesse post, ensinamos sobre a importância de dizer não, de onde vem a dificuldade em estabelecer limites para os pequenos e como superar esse desafio.
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